NA APRESENTAÇÃO DO LIVRO "À SOMBRA DO PINHEIRO DAS AREIAS - Apontamentos para a história do Vale de Santarém", de Francisco Martins Guerra - O que disse Aurélio Lopes
"Pode assim dizer-se que esta obra preciosa de Francisco Guerra pretende (e consegue) colocar o Vale no mapa.
Não necessariamente no mapa geográfico, mas no mapa histórico e social!".
O Vale que já foi objeto de estudos etnográficos e etnológicos,
de historiologia bélica regional e da abordagem de algumas personalidades locais
como João d´ Aldeia, carecia de um livro de história local.
Um livro de história, de preferência de fácil leitura, como é
este livro de Francisco Guerra, apresentado de forma coloquial sob a forma de
um diálogo “À sombra do Pinheiro das Areias”.
Lamentavelmente um elemento do nosso património, hoje
particularmente deteriorado.
É uma obra que fala de coisas sérias, com rigor. De forma
descontraída e ligeira (é um facto) mas não aligeirada.
De um território do Vale que foi palco de acontecimentos militares
diversos e a sua população vítima involuntária dos mesmos.
Em que se sucederam três guerras (Invasões Francesas, Guerras Liberais e Patuleia)
como todas as guerras fomentadoras de miséria e morticínio.
Mas a história aqui contada é feita também de situações
estáveis e enquadráveis. Que o Vale carecia de possuir registo.
Da natureza e o valor arquitetónico das inúmeras quintas do Vale,
proprietários e moradores. E acontecimentos, relevantes, aí acontecidos.
Das comunicações fluviais (na Vala Real), rodoviárias e
ferroviárias. Da igreja e ações eclesiásticas, seus responsáveis e património
associado. E, ainda problemáticas dos dados demográficos, nominais e
ocupacionais.
Tudo isto como uma estória que se vai desenvolvendo em forma
de conversa e dessa maneira vai fornecendo informações históricas, políticas,
sociais e administrativas, que lançam uma luz especial sobre o papel desta
terra na historiologia nacional.
Afinal, uma comunidade não é só os seus filhos mais ilustres.
É também aqueles que se destacam na perspetiva local. E até aqueles que se não
se destacam, dão corpo à dimensão comunitária; substanciando ideias, sentires,
valores, ações que compõem e mantêm (senso comum) a marca sociocultural da
localidade.
E são, afinal, os intérpretes dessas situações, uns mais
outros menos, uns de forma explícita outros nem tanto, que nos constituem
enquanto povo e população.
Na realidade, e ao contrário do que alguma vez se ouve dizer,
e mais frequentemente se sente, não há povoações (nem os povos que as compõem)
boas e más.
Mas é com certeza desculpável que olhemos para aquelas
comunidades em que nascemos, crescemos ou vivemos, onde temos amigos e
conhecidos, possuímos lembranças risonhas e saudosas que, as consideremos como
especiais, meritórias e inesquecíveis!
Pode assim dizer-se que esta obra preciosa de Francisco Guerra
pretende (e consegue) colocar o Vale no mapa.
Não necessariamente no mapa geográfico, mas no mapa histórico
e social!
E isso é, naturalmente, motivo de apreço para todos nós.
Afinal, é a nossa terra.
E, seja qual a matéria, estamos a falar de nós!
Aurélio Lopes.
Na sessão de apresentação do livro “À Sombra do Pinheiro das
Areias – Apontamentos para a história do Vale de Santarém”, edição da Associação Cultural Vale de Santarém-Identidade e Memória.
Em 29 Março 2025.
Boa tarde...!!!
ResponderEliminarTenho muito Orgulho em ter nascido nessa Bela terra Ribatejana e sempre que dou alguma entrevista faço sempre questão de mencionar as minhas origens...!!!
Também teria muito gosto em adquirir o Livro para poder matar saudades do nosso Vale de Santarém.
por favor me digam se me podem enviar e quanto custa com os custos do envio incluído e já agora como poderei fazer o respectivo pagamento.
Um forte abraço daqui de Coimbra, para todos os meus conterrâneos
Meira
Prezado amigo e associado Joaquim Meira. Com todo o gosto vamos enviar o livro, cujo custo é de 15 euros, a que há a juntar os portes, a saber. Como estamos a encomendar mais exemplares, logo que venham contactaremos por mail para tratar do envio e dos elementos para pagamento.
EliminarSempre relevando o teu sentimento de pertença ao nosso querido Vale de Santarém, recebe o nosso fraterno abraço, e saudações associativas e culturais.