AS ARMAS E O POVO É O FILME QUE ENCERRA O CICLO DE CINEMA QUE DEDICÁMOS AOS 50 ANOS DO 25 D'ABRIL
Após "Operação Outono", de Bruno Almeida, sobre o assassinato, pela PIDE, do General Humberto Delgado, exibido em 11 deste mês, e a finalizar o Ciclo de Cinema dedicado aos 50 anos do 25 d'Abril, apresentamos agora o filme colectivo sobre o período que vai de 25 de Abril ao 1º de Maio de 1974 - os alvores e as esperanças da que ficou para a história como "A Revolução dos Cravos".
Ver o
filme e poder tomar parte no debate, é o nosso Convite, em Liberdade e
Democracia.
Trata-se de um filme colectivo, assinado por: Acácio de Almeida, José de Sá Caetano, José Fonseca e Costa, Eduardo Geada, António Escudeiro, Fernando Lopes, António de Macedo, Moedas Miguel, Glauber Rocha, Elso Roque, Alberto Seixas Santos, Artur Semedo, Fernando Matos Silva, João Matos Silva, Manuel Costa e Silva , Luís Galvão Teles, António da Cunha Telles, António-Pedro Vasconcelos.
Produção do Sindicato dos Trabalhadores da Produção de Cinema e Televisão
Rodagem: Abril/Maio de 1974.
O filme não
tem genérico que identifique quem nele participou. Os nomes citados são os de
que se tem conhecimento directo.
Depois de um processo de finalização bastante moroso, "As Armas e o
Povo" começou a ser divulgado em sessões ao longo de 1977, quer
internacionalmente (há referência a uma exibição no 6º Festival Internacional
de Cinema de Roterdão, em Março), quer em Portugal, em cineclubes
(nomeadamente, a 16 de Abril, numa Semana de Cinema Português organizada pelo
Cineclube de Torres Novas) ou no 7º Festival do Filme Agrícola e da Temática
Rural, de Santarém (onde foi exibido a 17 de Novembro). Não se conseguiu
identificar sem margem para dúvidas a data de uma primeira exibição pública,
sendo certo que o filme nunca teve distribuição e estreia comercial em sala.
É o mais célebre filme da revolução portuguesa. Rodado durante a semana entre o 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974, junta as grandes movimentações de massas aos discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal e a libertação dos presos políticos às entrevistas de rua conduzidas pelo cineasta brasileiro Glauber Rocha. Assinado pelo Colectivo de Trabalhadores da Actividade Cinematográfica, é um documento histórico inestimável, feito a quente e em cima do acontecimento por vários técnicos e realizadores portugueses. Uma obra incontornável do cinema militante europeu, "As Armas e o Povo" é também um manifesto sobre a relação entre cinema e política, não apenas como mero difusor dos acontecimentos, mas sobretudo como participante ativo do ato revolucionário.
(Informação diversa, obtida na Internet).
Mensagem por mail de Luís Neves Mendes:
ResponderEliminarLuís Mendes
12/09/2024, 00:00 (há 2 dias)
para mim
Luís Neves Mendes, antigo aluno da escola do Vale de Santarém, com muito orgulho, fui aluno do Sr. Prof. Fernando Costa. Entre todos os meus / (nossos) antigos colegas e companheiros de turma, da 2.ª até à 4.ª classe,
recordo-me de quase todos. Não vou mencionar nomes. Apenas um. Pois tem havido, nestes últimos anos, bastantes contactos directos: Manuel João Sá. Com 79 anos de idade, agora é que eu havia de morar aí no Vale de Santarém!!! para tomar parte nas visitas, concursos, caminhadas e todas as vossas actividades e pesquisas que se vão realizando conforme o calendário que é definido. Não ia faltar uma. Acreditem. Haveria de estar presente em todas elas. Isto tudo, para me identificar convosco, Valsantarenos. A projecção do Filme «AS ARMAS E O POVO», é algo que me toca na alma. Vivi "aqueles" dias com uma euforia desmedida; fora de controlo; parecia louco. Eu tinha 29 anos. Estive no Largo do Carmo ao lado do Cap. Salgueiro Maia; vim pendurado no chaimite Bula (já não cabia lá em cima) do Carmo até ao Rossio. Ia sendo atropelado por uma Berliet no Rossio, em frente à Casa Travassos.Tudo o que era manifestação, eu estava lá presente com os braços no ar ... ... Foram dias que não se esquecerão nunca. E tudo isto para dizer e terminar, que esse filme, deveria ser projectado com mais frequência, em todas freguesias de Portugal, para que os mais novos pudessem idealizar e sentir a explosão de alegria, de felicidade e de liberdade, tal como o sentiram todos os participantes, naqueles tempos únicos.
Obrigado a todos por lerem este curto desabafo.