NOS 50 ANOS DA MORTE DE JOAQUIM FAUSTINO DA SILVA

Joaquim Faustino da Silva, natural do Vale de Santarém, nasceu a 26 de Março de 1891, numa casa da Rua Luís Augusto Rebello da Silva, onde também nasceram as suas irmãs: Carolina da Silva e Alexandrina da Silva.

Faleceu em 15 de Junho de 1972, passam hoje 50 anos.
Aqui o recordamos, nesta foto enquanto jovem, antes da homenagem que, este ano, o nosso Vale de Santarém lhe vai dedicar.




Começou bem cedo a trabalhar, no campo, e mais tarde haveria de ser mandado para a I Guerra Mundial, em Angola, em 1915. Já casado, haveria de emigrar depois para Moçambique, onde, trabalhando nos caminhos-de-ferro, teve destacado papel como sindicalista e cooperativista.

Assumiu-se também como jornalista, tendo sido mesmo director do jornal O EMANCIPADOR, que era um órgão importante do movimento operário, na então colónia. Perseguido, teve de se refugiar na África do Sul, durante 4 anos. Regressou em 1930, já depois da instauração da ditadura militar.

Fundou então uma nova organização política - a União Geral dos Trabalhadores de Moçambique, de que foi secretário-geral, mas a ditadura proibiu os partidos e os sindicatos livres.

Até ao fim da sua vida manteve-se activo no cooperativismo e uma referência na luta contra a ditadura. Em Moçambique foi um dos fundadores do MUD - Movimento de Unidade Democrática (1945) e participou na campanha eleitoral de Norton de Matos, à presidência, em 1949.
A Associação Cultural Vale de Santarém-Identidade e Memória realizará uma sessão pública, em data a anunciar, entre Setembro e Novembro, que estará a cargo do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, sobre esta figura do maior relevo do Vale de Santarém, que importa seja conhecida.

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